25 de nov. de 2011

QUEDA



Como registrei aqui uma vez eu já fui vítima de algumas quedas por aí. E ontem mais uma vez eu fui parar no chão de novo. Não vi o último degrau da escada - fixa - no metrô, cai e torci o tornozelo. Para mim o pior da queda é o depois, porque você não sabe qual vai ser a consequência, o trauma, ou a fratura... Quando você é a vítima da queda você sente aquela sensação de vergonha, dor e vontade de sumir dali... Mas se você é um passante, a primeira sensação que você tem é rir, porque um tombo é sempre engraçado, mas depois uns correm para socorrer e outros fingem que não viram. No meu caso, o socorro demorou, mas veio de uma moça simpática e bem menor que eu... Fui parar no ortopedista, ganhei uma imobilização com gesso - como a da ilustração ai em cima - e cinco dias afastada do serviço. Depois da imobilização o rapaz me levou de cadeira de rodas até a recepção para eu esperar o meu irmão que ia me buscar. Pela primeira vez tive a pequena sensação de que é ser um cadeirante e confesso que essa simples e rápida experiência não foi das melhores... Vou tentar passar essa sensação de cadeirante e a de ter que depender da ajuda de outras pessoas num outro post. Mas já adianto aqui que seria bom se todos nós pudessémos passar por essa experiência para saber lidar melhor com as pessoas...

15 de nov. de 2011

MOMENTO ESTRAGA PRAZER



Era um típico almoço de domingo na minha casa, provavelmente, um aniversário de algum membro da minha família ou alguma outra comemoração que não me recordo o motivo. Lembro-me que a casa estava lotada, pois cada almoço aqui pode se tornar um evento e tanto... Bem, lá por umas certas horas depois de muito comer e beber resolvemos nos divetir e outra forma e alguém sugeriu o karaokê. Mas não tínhamos essa maravailha que torna qualquer um o melhor cantor do mundo. E eis que eu me lembrei que uma tia era possuidora dessa maravilha e pedi para um amigo ir lá buscar. Mas ele muito alegre em rever os amigos, com algumas cervejas na cabeça e muita história para contar me deu a chave do carro dele e disse pra eu mesma ir. Eu havia tirado a minha CNH há puco tempo e confesso que fiquei feliz e tensa ao mesmo tempo, pois era um momento de treinar minha direção. Bem, fomos eu e mais dois ou três amigos. Foi a primeira vez que dirigi na Radial Leste e ficou marcada para sempre, pois fui vítima de um motoqueiro que chutou o parachoque, me deixou chorando e paralisando o trânsito na avenida. Eis que surge do nada um guarda da CET para me socorrer e ai fiquei mais nervosa ainda, pois estava sem a minha carteira. Ele veio saber o que aconteceu, se eu estava bem e se queria escolta para chegar ao meu destino... Que simpático! Explicações dadas e ele nem perguntou da minha habilitação. Que sorte! Cheguei ao meu destino. Tomei água com açúcar para me recuperar do susto, me acalmar e pensar em como iria dar a notícia para meu amigo. Chegando em casa fui recebida por ele no portão com a seguinte interrogação. "Demorou. Você estava paquerando no trânsito com o meu carro?" E eis que respondo. "Antes fosse. Mas um motoqueiro arrebentou seu parachoque..." Depois de muito choro, explicações e ofertas para eu arcar com as despesas do conserto, que ele não aceitou... Ele cantou uma música e foi embora todo triste...

11 de nov. de 2011

DELÍRIOS




Já andei de carro
Já andei de bicicleta
Já andei de ônibus
Já andei de perua
Já andei de metrô
Já andei de moto
Já andei de caminhão
Já andei de táxi
Já andei de avião
Já andei de carroça
Já andei de cavalo
Já andei de skate
Já andei de barco
Já andei de jetski
Já andei de patins
Já andei de elevador
...
Mas, PARA MIM,  não há nada melhor e mais seguro nesse mundo do que andar com os pés no chão!

8 de nov. de 2011

OITO MESES



Quase oito meses depois voltei ao lugar onde recebi a notícia mais dolorida da minha vida. A princípio eu não queria retornar lá, mas uma pessoinha muito especial acabou me convencendo. Foi difícil rever aquelas pessoas que estiveram comigo naquela hora tão difícil. Mas percebi que, com o tempo a gente consegue falar, não lembramos daquela fatídica noite, lembramos apenas de como meu pai foi uma pessoa boa e querida e que se ele estivesse entre nós hoje, talvez, também estaria lá comigo, pois era um dia importante. Era o cinquentenário na cidade onde ele cresceu, estudou, casou e cosntituiu nossa família. A cidade escolhida como alicerde para o iníco de uma vida. Ao visualizar a trajetória da cidade no desfile cívico e depois no almoço do prato típico muitas pessoas e momentos passaram por mim. Pessoas que tinham histórias e lembranças dele guardadas com muito carinho. Momentos alegres, como quando ele me ensinou a dirigir; ou marcantes como quando rezávamos o terço juntos diante do oratório no quarto; momentos inesquecíveis como quando chegávamos na cidade para passar as festas de fim de ano, como ele ficava alegre em rever os irmãos e sobrinhos... Ah, tantas lembranças que ficaria descrevendo aqui a noite toda... Que bom poder voltar lá e apenas nesses quatro dias pode revevir toda uma época. Como eu queria que você estivesse lá comigo! Saudades muita!

6 de nov. de 2011

AH! AS VOLTAS QUE O MUNDO DÁ


Algumas pessoas surgem na nossa vida do nada, de um dia para o outro aparece aquela pessoa que nos deixa de pernas bambas, cantarolando, com aquela sensação de borboletas no estômago, aquela vontade de ver, de ouvir, de sentir a pele na pele e a boca na boca. E como surgem do nada, também vão embora do nada. É como diz a música, "Foi um vento que passou, que te trouxe e te levou..." Aff, como estou nostálgica! Quero apenas registrar aqui a alegria do vento ter me trazido uma pessoa muito especial e querida que terá um lugar pra sempre no meu coração. Espero te encontrar novamente nesse girar do mundo...

2 de nov. de 2011

FINADOS



Hoje celebramos a vida eterna das pessoas queridas que já passaram por essa terra. Para mim foi muito díficil, pois confesso que foi a primeira vez que fui no cemitério depois que meu pai se foi. Quase oito meses depois, eu estava ali novamente, agora diante do túmulo mesmo e ainda era díficil de acreditar, resisti o máximo que pude para ver o nome dele naquela lápide... Depois de participar de uma linda celebração sai dali reconfortada após ouvir a seguintes palavras. "A nossa visita aqui no cemitério hoje é para nos lembrar da seguinte passagem: "Ele não está aqui! Ressuscitou!"" (Lc 24, 6).