15 de jan. de 2012

OS OPOSTOS SE DISTRAEM


Hoje não vou postar o "momento estraga prazer", mas sim um texto que escrevi há um ano e continua mais atual do que nunca.

Ela de cá. Ele de lá.
Em um belo dia encontraram-se logo pela manhã. Ele propôs: “Fica aqui e me dá um filho?” Ela se esquivou: “Eu não quero ter filhos”.

Ele mora no sítio. Acorda cedo. Tira leite das vacas. Cuida dos porcos e bezerros, alimenta as galinhas. Arruma a roda d’água. Está sempre disposto a ajudar os amigos e vizinhos. É um homem lindo e galanteador. Quer casar e ter filhos.


Ela, também do interior. Aos 17 anos foi para uma grande metrópole e há 18 anos que vive no caos da cidade grande. Ela escreve para duas revistas. Frequenta algumas baladas. Viaja. Sempre namora caras que não querem se casar. Faz terapia. Deseja conhecer a Europa e é feliz.

À noite eles voltaram a se encontrar. Ele a levou para jantar, ligou numa rádio local, ofereceu uma música para ela e foi muito gentil. Ela, encantada com tanta gentileza e preocupada por ter saído sem os documentos e não ter usado o sinto de segurança, detalhes da cidade grande.

No outro dia ele voltou para a rotina do sítio e ela para o caos da capital. Por alguns meses se falavam quase todos os dias e cada ligação durava quase uma hora. Falavam sobre os afazeres, música, ditados populares, poesias, animais, aventuras passadas... Faziam-se elogios e declarações.

Ele dizia para ela: “Transforma para eu me apaixonar por você. Quero uma mulher tropeira, que monte, que lace. Que crie porcos. Que cuide dos bezerros. Que tire o leite das vacas. Que me ajude. Que me dê um filho e me faça feliz”.

Ela dizia para ele: “Quero um homem que me ame de verdade do jeito que eu sou. Um homem honesto, trabalhador e inteligente. Que goste de cinema e teatro. Que goste de passear no parque e viajar. Que case comigo e me faça feliz”.

Apesar da distância, eles tentavam ficar juntos e em alguns feriados ou finais de semana, encontravam-se e distraíam-se. A química entre dois era ótima. Conversavam e davam muitas risadas juntos. Mas com o passar do tempo a monotonia do sítio e da cidade acabou distanciando os dois e cada um acabou voltando para a rotina da sua realidade.


Provavelmente ele ainda aguarda a tão sonhada mulher tropeira e ela aguarda o tão sonhado homem da sua vida. E assim também devem ter chegado à seguinte conclusão: “os opostos não se atraem, apenas se distraem”.



8 de jan. de 2012

DEZ MESES


Confesso que esse último mês tem sido difícil para mim, pois as lembranças daquele fatídico dia 08 março não saem da minha cabeça e acredito que para todos em casa também. Primeiro foi aquela sensação de que estava faltando algo com a proximidade das festas de Natal e Ano Novo. E realmente estava. Faltava a sua alegria e questão de estar sempre presente na celebração do Natal; Faltava sua preocupação e disposição para fazer o almoço das famílias carentes; Faltava seus cuidados com as compras para a ceia para que nada faltasse; Faltava a sua energia e alegria preparando tudo para irmos para o Paraná passar o Ano Novo com os tios e primos; Enfim, faltava a sua presença. Como a vida muda tão rápido. No ano passado estávamos todos juntos e alegres. E lá no Paraná  fazíamos planos para o próximo Ano Novo e nem poderíamos imaginar que três meses depois você não estaria mais aqui. Pois é, o Ano Novo chegou e passamos sem você. Quero dizer, sem a sua presença real, pois de uma maneira ou de outra temos a certeza de que você esteve presente. No brinde, nas orações, nos cumprimentos dos amigos e nas lembranças que serão eternas. Muita Saudade!!!

3 de jan. de 2012

UM AMOR DESCARADO


De repente você surgiu na minha vida como um arco-íris após a chuva, ou como o beija-flor que vem sorrateiramente alegrar o dia da flor... E por meses e meses eu fiquei sob o efeito da alegria e beleza do arco-íris e também como uma flor que se sente amada e renovada com os beijos do lindo passáro.

Mas como a força do sol e do vento leva o arco-íris e o beija-flor embora, assim também você se foi... À distância nos afastou. E o primeiro encontro naquela segunda-feira ensolarada acabou-se na despedida sem vontade na noite daquele mesmo dia. Desse primeiro encontro até hoje já se passaram 365 dias e no decorrer desses dias tivemos: ligações intermináveis, encontros rápidos num feriado prolongado, muitos elogios, muitas risadas, algumas confidências e momentos inesquecíveis...

Desde então temos vivido assim, eu com as preocupações daqui e você com os afazeres daí. Confesso que meu dia é sempre mais alegre quando a música "Mito" do Christian e Ralf toca no meu celular anunciando que você está a me chamar. Mas ao mesmo tempo tenho medo de atender e ouvir de lá que você encontrou a tão sonhada mulher desejada. Sim, pois você sempre foi sincero e sempre me disse que espera encontrar a mulher certa. E eu aqui de iludida não tenho nada, apesar de levar a crer, espero também encontrar o homem certo, que um dia há de aparecer.

E se o cruel destino quiser mesmo ser o nosso carrasco não permitindo que sejamos felizes para sempre. Então vamos nos esforçar para sermos arco-íris e beija-flor na vida das pessoas certas. Mas, se por acaso, conseguirmos burlar esse malvado destino e nos encontrarmos de novo numa manhã ensolarada, talvez, possamos escrever novamente essa nossa história tão descarada.

1 de jan. de 2012

QUE VENHA 2012!

É isso aí Mafalda! Sejamos melhores para atrair somente o melhor para a nossa vida.
Feliz Ano Novo!!!!