OS SEGREDOS DO PAI NOSSO 2

Depois de ter deixado a dica aqui no blog que queria ler esse livro, eu o ganhei de uma pessoa muito especial. Diferente do primeiro onde o autor trata da personalidade de Deus, baseado na psicologia e filosofia, "a sabedoria nossa de cada dia", trata da personalidade humana, seus dilemas e conflitos. Nesse livro o autor discorre sobre os sentimentos humanos e revela algumas ferramentas indispensáveis ao equilíbrio e à saúde mental. A cada página somos levados a nos conscientizar de que amor, alegria, tranquilidade, compaixão, autoconhecimento, tolerância e solidariedade são algumas das necessidades fundamentais para colocarmos em prática a mensagem contida na segunda parte dessa oração. Confesso que em algumas páginas me senti na sessão de terapia e o melhor, de graça. Então, por isso, já valeu a pena.

DIA DO AMIGO

"Amigo é aquele que sabe tudo a seu respeito e mesmo assim ainda gosta de você". Eu gosto dessa definição, pois acredito que ela consegue definir muito bem essa presença importante que temos em nossa vida. Pois eu reconheço que sou uma pessoa difícil de se lidar. Mesmo eu tendo feito o curso de 'Comunicação', sou uma pessoa reservada e não gosto muito de falar; Sou egoísta; Sou ansiosa; Quero que tudo que seja do meu jeito, e ai se não for; Não sou muito de demostrar meus sentimentos; Não ligo de emprestar meus livros, roupas e acessórios desde que me devolvam; Quando tiram minhas coisas do lugar e não deixam onde pegaram 'viro' uma fera; Não gosto de bife de fígado e nem de giló; Mas adoro chucu e quiabo; Não gosto de deixar ninguém esperando e muito mais de ficar esperando... E também, como vocês já sabem, sou meio estraga prazer... Mas apesar desses defeitos aí eu tenho alguns amigos que gostam de mim, poucos, mas verdadeiros e suficiente para me fazerem sentir uma pessoa amada e querida. Obrigada a vocês amigos presentes e distantes por fazerm parte da minha vida. Amo!!!!!

MOMENTO ESTRAGA PRAZER

Em 2000 fiz o curso de comissária de bordo e confesso que fui mais motivada pela curiosidade do que pela vontade de trabalhar na área, pois até então nunca tinha andado de avião, e achava aquelas garotas super charmosas e glamurosas. Bem, o curso era dividido em parte teórica - Leis da Aviação - e parte prática - Sobrevivência na Selva, Combate ao Fogo, Marinharia e Primeiros Socorros. Atentamos para a sobrevivência na selva que foi realizada num final de semana na Serra do Mar, na companhia de peritos nessa área. Foram mais de 24 horas sem comida e bebida decentes, suportando as roupas molhadas, frio e chuva... Durante o período que ficamos lá fomos divididos em grupos e tínhamos que cumprir algumas tarefas propostas pelos peritos, como: não deixar a fogueira apagar; matar uma galinha e beber o sangue dela; construir uma maca de bambu e transportar uma 'vítima' nessa maca atravesando o rio com ela; andar pelo rio com a água na cintura orientados por uma bússola; percorrer uma trilha a noite na mata nos orientando apenas por uma corda esticada nessa trilha; e montar uma armadilha, para mim a tarefa mais díficil... Enquanto todos os grupos não cumprissem todas as tarefas não íamos voltar para a casa. E meu grupo era sempre o último e realizar essas tarefas. A última foi montar a armadilha que era proposta num desenho e tínhamos que fazer exatamente igual. Na primeira tentativa a pequena árvore que usamos para tal, quebrou, e não tinha outra com aquela envergadura para fazermos de novo, um professor viu que tentamos e quase deu certo. Mas nosso diretor não viu e disse que enquanto não fizéssemos como estava no desenho ninguém sairia dali. Isso já era umas 15h do domingo. Pronto. Surtei. Comecei a chorar, xingar, me desesperei. Disse que não ia tentar, que não queria mais ser comissária, que estava fora do grupo. Aí imaginem 32 pessoas olhando para mim e pensando "caramba essa surtada vai nos deixar aqui"... Mas depois de alguns consolos eu me acalmei e depois de outras tentativas o grupo conseguiu fazer a armadilha que satisfez o nosso 'querido' diretor. Assim partimos felizes rumo a civilização. E eu com a certeza que não nasci para ser comissária, mesmo porque, depois de algumas viagens pelos ares descobri que teho medo, pânico, pavor de aviões.

QUATRO MESES

Ontem foi seu primeiro anivesário sem você aqui... Ainda de manhã tomando café com a mãe eu disse: "É mãe, se o pai estivesse aqui hoje estaria todo empolgado e com planos de comprar um pernil para assar no domingo". E a mãe disse: "É. Mas ele está festejando lá no céu". Essa semana recebi uma mensagem de um amigo sobre, "Como trabalhar a dor de uma perda?"... O final da mensagem dizia: "É preciso perder para ganhar, é preciso perder para crescer. É preciso aceitar a perda, pois é na aceitação que se cresce e amudurece como pessoa". Confesso que não é fácil, mas venho tentando exercitar isso dia após dia. Dias atrás eu vi um homem que aparentava seus 60 e poucos anos, ele dentro de um carro com mais dois rapazes. Pelo carro, pelas roupas, pelos acessórios e pelas caras de cansados percebi que estavam voltando pra casa depois de um longo dia de trabalho. Isso me fez lembrar muito você voltando pra casa com seus ajudantes. E no fundo confesso que fiquei feliz por você não ter mais que passar por isso: trânsito, chateações, dar um duro danado trabalhando, sustentado a casa, preocupado com o bem da esposa, dos filhos, da nora e neta... Nós estamos nos virando muito bem nessa parte... Mas com muitas saudades ainda. Sei que está num lugar melhor e fico feliz. Esses dias no carro com sua neta ela olhou para o céu e disse: "Olha lá o vovô. Ele está no céu. 'Tá' legal aí vovô?" E eu perguntei: "E aí Juju, o vovô disse se está legal lá no ceu?" E ela respondeu: "Está". Que bom, acho que estamos amadurecendo!!!!