8 de nov. de 2011

OITO MESES



Quase oito meses depois voltei ao lugar onde recebi a notícia mais dolorida da minha vida. A princípio eu não queria retornar lá, mas uma pessoinha muito especial acabou me convencendo. Foi difícil rever aquelas pessoas que estiveram comigo naquela hora tão difícil. Mas percebi que, com o tempo a gente consegue falar, não lembramos daquela fatídica noite, lembramos apenas de como meu pai foi uma pessoa boa e querida e que se ele estivesse entre nós hoje, talvez, também estaria lá comigo, pois era um dia importante. Era o cinquentenário na cidade onde ele cresceu, estudou, casou e cosntituiu nossa família. A cidade escolhida como alicerde para o iníco de uma vida. Ao visualizar a trajetória da cidade no desfile cívico e depois no almoço do prato típico muitas pessoas e momentos passaram por mim. Pessoas que tinham histórias e lembranças dele guardadas com muito carinho. Momentos alegres, como quando ele me ensinou a dirigir; ou marcantes como quando rezávamos o terço juntos diante do oratório no quarto; momentos inesquecíveis como quando chegávamos na cidade para passar as festas de fim de ano, como ele ficava alegre em rever os irmãos e sobrinhos... Ah, tantas lembranças que ficaria descrevendo aqui a noite toda... Que bom poder voltar lá e apenas nesses quatro dias pode revevir toda uma época. Como eu queria que você estivesse lá comigo! Saudades muita!

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